Ensino bilíngue dispara no Brasil e escolas firmam compromisso com a diversidade linguística
Com procura crescente pelo ensino bilíngue, diretora reforça métodos e benefícios do segundo idioma para os alunos
Outubro de 2024 – De acordo com a Associação Brasileira do Ensino Bilíngue (ABEBI), o Brasil conta com mais de 1,2 mil escolas com ensino bilíngue em todo o país, com um crescimento de 10% num período de cinco anos. Apenas em 2023, foi constatado um aumento de 64% na procura por modelos de ensino com um segundo idioma, com destaque para São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, segundo dados do Ministério da Educação (MEC).
Para Renata Sa Freire, diretora e fundadora do colégio Global Me, cada vez mais as famílias brasileiras estão procurando instituições com um currículo único, integrado e ministrado em duas línguas: “os pais procuram escolas que apresentem projetos pedagógicos focados no desenvolvimento de competências e habilidades linguísticas do aluno. Além disso, quanto mais cedo o contato da criança com a língua estrangeira, maior a exposição e, consequentemente, mais rápida a aquisição”.
Em 20 anos de existência, mais de 4 mil alunos já passaram pelo ensino bilíngue na educação infantil da Global Me. No ano passado, a escola estendeu o alcance do seu projeto para os primeiros anos do ensino fundamental, que desde então já receberam cerca de 80 alunos em turmas de 1º, 2º e 3º ano (em 2025, será aberta a primeira turma de 4º ano da escola).
“Ao longo de todos esses anos, acompanhamos o crescimento da busca pelo ensino bilíngue e sempre acreditamos no impacto que ele promove na vida dos alunos. Entendemos que as crianças são protagonistas do processo de aprendizagem, e por isso trazemos a língua inglesa por meio da imersão. Nossa equipe se comunica o tempo todo em inglês não só com as crianças, mas entre si também. Dessa forma, os estudantes vivenciam o idioma de forma plena no contexto escolar”, complementa Renata.
Como outro exemplo de momento de imersão, a diretora conta que as situações pedagógicas propostas pelos professores se baseiam em temas pelos quais as próprias crianças demonstram interesse e costumam trazer situações do cotidiano, o que torna o aprendizado ainda maior. Como exemplo, durante as Cooking Classes (aulas de culinária) que acontecem nas cozinhas experimentais, as crianças levam os ingredientes que foram colhidos nas hortas orgânicas da escola, ajudam a elaborar diferentes receitas em grupo e, durante todo o processo, conversam sobre a organização da lista de ingredientes enquanto fazem a listagem por escrito, em inglês.
“Existem inúmeras maneiras de trazer o ensino bilíngue de forma mais viva na rotina dos alunos e vejo que isso está sendo percebido pelas escolas. É na primeira infância que a criança adquire com naturalidade a pronúncia e fluência da segunda língua e, nos anos seguintes, todo o processo de aprendizagem torna-se mais prazeroso. Além disso, os pequenos também desenvolvem capacidades cognitivas que não são encontradas em monolíngues e têm mais agilidade e flexibilidade no raciocínio, que potencializa a capacidade criativa”, ressalta Renata.
Ela pontua que, a partir da experiência adquirida em duas décadas de história, o compromisso da Global Me para os próximos anos, na educação infantil e também no ensino fundamental, é oferecer todos os meios para que o aluno conquiste autoconhecimento e aprenda a reconhecer e lidar com suas emoções, frustrações, talentos, capacidades e desejos. Para isso, a escola continuará a investir em espaços que estimulem a criatividade e a colaboração, como playgrounds por faixa etária e parques que oferecem contato com a natureza, e manterá uma atenção especial com a alimentação e as atividades esportivas.
“Hoje, o mundo exige que nós sejamos globais e, por isso, é muito importante formar pessoas capazes de “derrubar barreiras” ao expressar-se em uma língua que seja compreendida em qualquer lugar. É na educação infantil bilíngue que o aluno exercitará, desde muito cedo, seu poder de comunicação, de diálogo e de visão de mundo mais ampla, assim, desenvolvendo o pensamento crítico, autonomia intelectual, flexibilidade e preparo emocional para explorar o mundo em busca de conhecimento. Só assim as nossas crianças desenvolverão a capacidade de serem life-long learners (aprendizes por toda a vida)”, finaliza a diretora.